Grandes e péssimas novidades.

Atualização um pouco mais séria hoje. Queria falar sobre as "novas" tendências no mundo. Músicas, filmes, livros e afins, que estão realmente me deixando assustado. Caso você goste das coisas como estão nesse momento, sugiro que leia atentamente e reflita um pouco, porque há algo de errado com você, ou no mundo, ou nos dois... enfim.

Século XXI(vinte e um, se você fugiu da escola), modernidade, avanços, novidades, tecnologia. Vivemos esse tempo, temos sorte de estarmos nele e não em uma vila na Idade Média dividindo nossas mulheres com Reis, Nobres, Padres, Hobbits e coisas do tipo (não acredito em Hobbits e se você acredita procure tratamento). O que mais acontece na atualidade são explosões de sucesso, novas tendências que surgem e marcam nosso período. Na verdade isso sempre ocorreu, mas nessa era da informação quase instantânea as coisas tomam proporções gigantescas facilmente.

Eu costumo analisar uma determinada época pelo que a juventude gosta e/ou faz porque é ela quem quebra os paradigmas e costuma causar mais barulho. Anos 50, por exemplo, surgia o Rock, uma batida diferente, uma velocidade alta para uma música, quebrando as regras musicais da época. Nos anos 60 veio a tendência da experimentação, a rebeldia, o sexo livre e assim por diante. Observando essas épocas eu fico muito decepcionado, assustado, abismado, puto, desesperançado com o que ocorre agora.

O que aconteceu com o mundo? O que mais faz sucesso e é popular na juventude dessa década são justamente os paradigmas, uma coisa completamente paradoxal! Músicas tolas que falam de momentos bonitinhos e sem maldade, exatamente o que os pais desses jovens adorariam que eles ouvissem. Que isso? Cadê a polêmica? Cadê a contestação? O que era para ser o diferente se juntou com todo o bolo de mesmice e se tornou uma coisa só, totalmente sem graça, sem atrativos e completamente debilóide.

O pior é que não fica só na música. O livro/filme mais popular entre os mais jovens hoje é a saga Crepúsculo (bom, eu encaro como uma comédia). Não tenho nada contra quem lê Crepúsculo, na verdade é bom que leiam, mesmo sendo isso. O problema é que não há nada mais estúpido, babaca, "certinho" do que um vampiro bom que ama a humanidade. Sério, pra que inventaram isso? Cadê o "Drácula de Bram Stoker"? "Nosferatu"? Até Blade é melhor que isso. E essa tendência de seres sombrios que se tornam bonzinhos é um clichê desse movimento puritano-jonas brothers, não há coisa mais patética do que esse retrocesso!

Eu me preocupo demais com o que está acontecendo, pois do jeito que as coisas vão não me surpreenderia se os Mórmons dominassem o mundo. E não quero que todo mundo saia por aí desmiolado querendo fazer sexo o tempo todo, cheirando cocaína, nem nada disso, é estúpido pensar que quero dizer isso. Eu simplesmente odeio esse conservadorismo voltando com força máxima e recebendo apoio da mídia. Começo até a sentir falta dos emos! Mentira, era uma estupidez também.

Enfim, os jovens tinham que desafiar as coisas, ir contra, se revoltar, pois é algo natural da idade. A adolescência é essa coisa fervorosa, impulsiva, do contra e geralmente produz coisas muito boas, é o "diferente" do resto das bajulações e mesmices. Não precisa mudar, se mudar estraga, se torna tosco, medíocre, mais do mesmo.

Então, chega de proliferar essa visão tola e chata de jovens bonzinhos e amorosos com tudo e com todos, que adoram agradar o mundo inteiro. É estúpido, banal, chega a ser um crime jogarem fora a principal característica da juventude: discordar. Se quiser um exemplo de atitude bem clichê, mas real do que é ser jovem é o filme "Ferris Bueller's day off" (Curtindo a vida adoidado), um marco nos anos 80 que até hoje faz sucesso e transmite toda a atmosfera dessa idade. E que venha a próxima moda, espero que melhore.

Uma cambalhota para vocês!