sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Só faltam as tendas!



Obs: No domingo, dia 22/08, acontecerá a passeata para protestar contra a censura ao humor. Será na praia de Copacabana e muitos grandes humoristas marcarão presença. Eu não sou humorista, mas como sou um babaca palhaço e cheio de gracinha inconveniente, devo aparecer por lá. Não que isso vá somar grande coisa a passeata, é apenas uma informação inútil, porém, se puder, apareça também para dar sua contribuição contra essa medida ridícula da justiça contra a liberdade de expressão.




Obs2: Não sou palhaço, na verdade sou um cara sério e discreto, com bastante intelectualidade, além de um comportamento formal acompanhado de trajes elegantes.





Obs3: Se você acreditou no "Obs2", fudeu! Você deve acreditar em tudo que os candidatos dizem também e na evolução, a maior farça científica de todos os tempos.




Obs4: A parte sobre a evolução é brincadeira, ela é um fato. Ah, parei de encher o saco. E não esqueçam de dar sua opinião sobre o post ali embaixo dos comentários.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Aqui ta quente, aqui ta frio, muito quente, muito frio.”

Pega no peitinho dela, pega no joelh...opa! E quem disse que Axé não fala de mudanças climáticas?

Pego-me (que estranho) no meio de um raciocínio, um tanto quanto óbvio, sobre o aquecimento global, mudanças no clima e afins. No meio disso tudo está a minha geração (o pessoal ai perto dos 20 e poucos anos) de maioria tão engajada em preservar o planeta, quanto a Geyse tem de talento. Não estou dizendo que sou um exemplo nesse aspecto, até porque acho impossível alguém tomar banho em 5 minutos, mas chega a ser engraçado o modo como somos bombardeados por noticias sobre mudanças irreversíveis à natureza e sempre tem alguém que diz “Mas eu sozinho não posso fazer nada!”. Óbvio, anta! Começa por você! Mas esse texto não é sobre “Maria vai com as outras”, tem algum sobre isso no blog já, é sobre culpa.

Antes de tudo, não estou isentando ninguém, simplesmente estou jogando na balança. Aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra como consequência do efeito estufa, gerado pela grande quantidade de CO2 liberado na atmosfera por combustíveis fósseis que impedem que o calor “escape” do planeta (se você não sabia disso deveria sentir vergonha, sair do twitter e usar o google para se informar, ao invés de usá-lo só para saber como se escreve uma determinada palavra) que aconteceu nas décadas mais recentes e que poderá continuar durante o século XXI. As décadas referidas (nossa, como estou rebuscado hoje), se deram a partir dos anos 50, ou seja, a geração de nossos queridos pais, avós e pessoas que no exato momento “mandam” no mundo.

Caso não tenha ficado claro, Jatobá, os grandes culpados dessa história toda não somos nós, e sim a geração que queria mudar o mundo! E não é que conseguiram? Parabéns! Tome aqui o troféu mangusto de ouro. Anos depois, cai no nosso colo a responsabilidade de solucionar uma grande merda que eles fizeram, mesmo depois de alertados, um problema que ignoraram. Alguém mais acha isso injusto? Agora nós temos que parar e pensar: “Será que vale a pena ter filhos?”, “Porque não pensaram no meu futuro?”...
Tudo bem, neste ponto você deve estar pensando que nossos pais e avós nunca sonharam em ter a fonte de informações que nós temos, que não é desculpa e temos que lutar e preservar. Concordo, mas a cobiça, a vontade de ter mais, sempre mais, foi maior. Quem tem poder tem acesso a informações importantes, muitos já sabiam desse perigo e, mesmo assim, cagaram em cima da Terra para agora apelarem para que nós não façamos mais cocô (o que é bem justo) e ainda limpemos a as fezes velhas e dura deles. Infelizmente estamos no meio de uma transição, ou o mundo todo se mobiliza para voltar ao normal, ou não vai ter mundo parar os nossos tataranetos. Pois é, galerinha do “eu não acredito”, “é tudo conspiração”, “E daí?! Vai ser maneiro ter praia em Minas Gerais”, a questão é seríssima. O pior de tudo é ver um grupo de bizões anencéfalos que dizem não haver solução, que nada pode substituir o petróleo. Porra, o que mais sobra é solução, só que não interessa a quem tem poder. Por isso as pessoas têm que fazer sua parte e não deixar que os líderes mundiais sujem a roupa de Yakult enquanto jogam War.

Um dia o mundo vai acabar mesmo, isso é fato. Tudo isso que eu disse e todo o esforço da humanidade para sobreviver, não terão servido de porra nenhuma, mas aí é normal, tudo um dia acaba. Enquanto isso, fofinhos, não forcem a barra. Usem o mínimo de água possível, plantem árvores, reciclem tudo que não seja orgânico, não ouçam happy-MUSIC, não joguem comida fora, Crepúsculo não é filosofia, não joguem pilhas em lixo comum e, acima de tudo, pensem.

Um abraço bem rápido, a água tá no meu joelho e preciso subir em uma montanha, vou desligar!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sexxxxxxxxxo.

Vamos falar de sexo, seus pervertidos. Mas antes de começarem as ereções e as coxas úmidas, o texto vai ser sobre aborto.

Há muito tempo esse assunto é fonte de discussões calorosas na terra do Pau-brasil, país com maioria católica, mais uma penca de cristãos e de grande população hipócrita (sem querer relacionar uma coisa com a outra, teoricamente). Para começar, temos uma dificuldade absurda de tratar o assunto com naturalidade, por mais que seja algo cotidiano e mesmo assim continuam os peitos, bundas, vaginas, pênis e afins, sendo mostrados sem pudor no carnaval. Esse grande contraste entre conservadorismo durante 362 dias por ano e 72 horas de pirus voadores e bundas vibradoras, nos faz ter uma educação sexual pobre e muitas vezes confusa . Sim, o Brasil não é exemplo de nada em educação sexual, apenas no que remete à política de prevenção às DST’s (eu gosto de siglas... foda-se também, ninguém me perguntou nada). A fonte de informação tão rica quanto a economia do Suriname que o brasileiro possui, o faz desconhecer, por incrível que pareça, métodos anticoncepcionais, por exemplo .

A partir dessa pequena introdução, vamos a um tour pela realidade verde e amarela como as cores do vômito e da hepatite: temos um sistema de educação pobre, não há nenhum tipo de política para educação sexual em lugares com renda mais baixa além do funk e suas surras de xereca e blablabla. Além disso, a maior parte das pessoas dão ouvidos à Igreja que diz para não usarem camisinha. Fazendo as contas por aqui, dá algo em torno de “uma população tendo filhos sem parar com nenhuma condição de dar uma vida digna a eles”. Para completar essa salada de caos o aborto é ilegal. Hohoho, como somos espertos e sagazes!

O aborto é muito mal visto por imbecis “pró vida” com seus dentes cheios de lodo que enxergam apenas 2cm além dos seus narizes oleosos e peludos. Incrivelmente a opinião pública entra na onda, pega um tubo, e começa a argumentar contra métodos abortivos sem ter a mínima ideia da realidade que aguarda essas crianças que estão por vir.

Antes de mais nada, é bom deixar bem claro que há uma diferença entre opinião pessoal e opinião “geral”, que quase ninguém nesse nosso país com belas praias e lindos rios poluídos entende. Pessoalmente, eu, na minha humilde e insignificante opinião, acho que se você foi adulto o suficiente para fazer um filho, deve ser adulto o suficiente para cria-lo. Porém, o que a minha pessoa acha ou deixa de achar (odeio essa expressão, porém vai isso mesmo), não muda a realidade, ela nem mesmo é capaz de refletir o que ocorre de fato. Por conta disso, para o bem de uma família e para não dar uma vida pífia a uma criança, acredito que o aborto deveria sim ser legalizado. Até porque, sejamos sinceros e menos hipócritas, muitas mães utilizam clínicas clandestinas, o que aumenta as chances de ocorrer uma tragédia.

Aí começa a discussão! “Aborto é crime! É uma vida!”, “ Matar o bebê pode, mas a mãe não, né?!”. Antes, precisamos definir o que é vida e a discussão é praticamente sem fim. Como isso é um blog e devo colocar minhas opiniões, lá vai: qualquer ser que não tenha uma formação mínima de acordo com a sua espécie, pode “morrer” a vontade que não liga. Sério, gente, eles não vão ficar chateados, relaxem. Aposto que muitos agradeceriam terem sido poupados de uma vida sem a menor estrutura, largados, abandonados. Nós agradeceríamos também, caso a mãe do Hitler tivesse ido até o fim com o aborto, ou se os carinhas coloridos tivessem sido interrompidos antes de nascerem e, 19 anos depois, cantarem “Help” dos Beatles (!!!) no "Criança Esperança" crime hediondo, etc...

Porém, a questão em sí não é essa. O que pretendo colocar é que qualquer pessoa é dona do seu próprio corpo e pode fazer o que quiser com ele. Quem somos nós para julgar? O que ela quer fazer não vai de acordo com suas opiniões? Foda-se, porra! É preciso colocar na cabeça que o importante é dar liberdade para as pessoas fazerem aquilo que acharem melhor. Pronto, só isso. Não é possível que em pleno século XXI as pessoas ainda queiram colocar a subjetividade como algo normativo, um código de conduta. Cresçam, cacete!
A propósito, não comentarei o aborto em caso de estupro, pois acredito que seja indiscutível a legitimidade em tal ato.

Para encerrar, caso você, ameba do avesso, ache que legalizar o aborto é obrigar as pessoas a tirar os filhos quando esses chegarem “em uma hora errada” (mais uma subjetividade), ou que também apoio chacinas e genocídio, você realmente precisa de uma terapia de empalamento em brasa, porque não é possível!

Então é isso, acredito que muitos discordarão, outros entenderão e alguns estarão de acordo. Sem problema nenhum, só pensem um pouquinho antes de repetir frases feitas por papas, jornalistas que vivem de sensacionalismo ou militantes “pró vida”, que tem a visão tão ampla quanto um morcego leproso voando de traz pra frente.



Texto por Pontes e Tardelle... não são dupla sertaneja e odeiam meteoros apaixonados.