sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Rec. & Repeat

Atualização chegando, saltitante (ihhh), porém bem mais séria hoje. Vou, mais uma vez, tratar sobre política. Entretanto, não pretendo uma abordagem comum, mas sim mostrar as imbecilidades repetidas automaticamente por várias pessoas em relação ao assunto. Não prometo risadas... como nunca prometi, então, dane-se, vamos ao post.

Nosso país, tão belo, é cheio de problemas, não há dúvidas quanto a isso. Esses problemas são tão constantes que todos nós, infelizmente, nos acostumamos com eles. Aí surge o grande e maldito problema de todas as pessoas. Sim, das pessoas! Ninguém presta o mínimo de atenção com as coisas ao seu redor, sabem mais da maldita novela das 8 do que da situação em que o país se encontra, não tem o menor discernimento com o que ocorre ali, bem do lado dela. A não ser que seja algum acidente e tenha uma pessoa toda ensanguentada no chão, aí todos rapidamente se amontoam e em dez segundos já sabem até o nome do(a) infeliz. É infeliz sim, ou você iria sorrir e bater palmas se fosse atropelado?


O que mais ouvimos e vimos nessa época eleitoral são cidadãos que só sabem repetir a mesma ladainha que se perpetua desde... sinceramente, desde sempre. Você sabe muito bem do que estou falando, porque provavelmente já disse coisas nesse mês como "Nada muda!", "Está tudo na mesma merda de sempre!", "Votar pra que? Esse país continua uma bosta!", etcetera, etcetera, etcetera, etcetera, etcetera, etcetera...

 Vem cá, vocês beberam mijo? Fizeram máscara facial com cocô de pombo? Sinceramente, não sabem a besteira que estão balbuciando por aí e com uma pompa de sabichão esperando concordância e aplausos automáticos?? ostentei vocabulário
Parem para pensar só por um mísero e singelo segundo. Nada melhorou? Tem certeza? Então vou deixar uma dica de entretenimento aqui para vocês fazerem.

Não estou defendendo candidato algum, nem partido, nem porra nenhuma do que alguns idiotas podem vir a pensar, é apenas uma constatação meio óbvia. Caso você pudesse viajar no tempo, lá para 1986, por exemplo, veria o quanto as coisas estão melhores, quanto progresso de verdade ocorreu. A mortalidade infantil caiu, há mais empregos, o número de pessoas fazendo curso superior hoje é o maior da história do país, a distribuição de renda está muito melhor, não há mais uma inflação absurda ao dia, temos mais transporte público... O que está realmente píor é a música com essa moda teletubbies e com os axés que continuam um lixo, mas isso é outro assunto!

Não vivemos em um país perfeito, longe disso e, caso você tenha achado que eu quis dizer tal coisa, pode ir se foder e parar de ler por aqui. (Mentira, continue lendo e paz de Apollo para você!)

O problema é que essa falta de responsabilidade política está encrostada na cabeça das pessoas, completamente enraizada. Utilizam essa reclamação superficial e padronizada para tirarem do ombro o peso de escolher o futuro do país. Não interessa o quanto as coisas melhorem, o povo brasileiro sempre sentirá medo de indicar o caminho que o país seguirá, não terá vontade política, não terá conhecimento quase nenhum dos candidatos, vai continuar desligando a Tv no horário político e baterá palminhas para o Tiririca debochando da cara de todos nós em rede nacional. Sempre que tiverem a oportunidade, nossos compatriotas falaram as mesmas bobagens para não se sentirem culpados quando alguma coisa der errado, tendo assim a oportunidade perfeita para xingar qualquer político, safado ou não, durante o período de tempo até a próxima eleição.

Essa merda de tradição babaca é passada de geração em geração, com a mais nova achando sempre que antigamente era melhor, sem o menor questionamento. Porra, parem de ser moles! Seus pais nem sempre estão certos, sabiam?

Ainda estamos cheios de problemas, é verdade. A saúde está um lixo, a educação uma vergonha. Mas muita coisa melhorou e negar isso é ser um completo imbecil que quer seguir com a maré de podridão que cerca esse país da fofoca. Quer reclamar? Reclame com razão, com lógica, não apenas usando bordões fantasios piores do que vemos no Zorra Total. Tá, piores não são, não tem como.

Eu, particularmente, levo mais a sério as repetições treinadas de uma cacatua do que as lambanças desse pessoal que nasceu aqui, conosco. Por que? Simples, a cacatua não tem como pensar, mas as pessoas não querem. Entre o incapaz e a preguiça, fico com o primeiro, pois há sinceridade nele.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mostra a esquerdinha, vai!

Tenho passado a maior parte do tempo sem fazer nada por conta de uma pequena arte. Agora tenho 15 pedacinhos de ferro no braço esquerdo, o que significa que não posso fazer nada por uns meses. Nesse tempinho de absoluto ócio, venho diferenciando diferentes tipos de pessoas, como pokémons mesmo, sabe? Aliás, por que a palavra “Pokémon” tem acento? Bom, deixemos isso de lado.

Aposto que a situação seguinte já aconteceu com você, caro leitor. Você acaba de se foder, termina um namoro, quebra o braço, fica absurdamente doente, alguém morre e etc. Alguém vai conversar e você precisando de um ombro amigo, conta sua história. No meio da conversa a pessoa te interrompe e diz: “Pois é, um primo meu fez isso também, ele matou...”
¬¬

Sério, só eu fico irritado com isso? É porque eu estou sem fazer nada e fico puto com tudo, ou é porque realmente essas pessoas são irritantes? Poxa, cara! Ouve minha história, mas que merda... É uma coisa boba, mas mostra esse narcisismo crescente e aborrescente que nos ronda assim como pedras e asteroides que rondam a Preta Gil. Tudo se resume ao “eu”! Assim como EU venho falar do MEU problema, acho que só acontece COMIGO, mas venho dividi-lo... Tenho certeza que não é só MEU.

Estava lendo em um lugar qualquer, que não me lembro, porque esses pinos estão criando um pulso eletromagnético e interferindo no meu cérebro, sobre a última modinha da galera, a Twittcam (é assim que escreve essa porcaria? Tenho vergonha de procurar palavras no google). Acho uma ferramenta interessante para uma rede social, mesmo tendo sido criada para as pessoas aparecerem. Entretanto, é muito legal você ver qualquer imbecil com uma webcam e nada de útil para fazer tendo uma exposição tão grande quanto qualquer famoso imbecil que tenha participado de um reality show.
Mas pata que o pariu, a humanidade sempre tem que tornar quase tudo um vômito amarelo com pedacinhos de frango e feijão. O que esses abobalhados com menos raciocínio que um avestruz escondendo a cabeça no chão de punheteiros e meninas (ou meninos que querem ser meninas) estão fazendo?! Não tem sentido você mostrar os peitos para um mundo de desconhecidos! E o pior de tudo é o motivo! “Ah, eu quero followers”, “Não tenho amigos, mas tenho seguidores!”, “Passei Jesus em número de seguidores enquanto vivo! \o/”

PORRA!

Acho o twitter uma tremenda falta do que fazer, apesar de ser um bom meio para divulgar seu blog, vlog, ou seu suicídio por não poder ir ao show do Luan Santana. Não entendo nada, porém, minha mente, fora dessa bestialidade incorrigível dessas merdas de adolescentes, sempre achava que você só teria muitos seguidores caso as pessoas gostassem de seus comentários, suas idéias. Nesse momento você, homem principalmente, deve estar me achando um boiolão louco com uma choponga de plástico de 25cm escondida debaixo da cama, toda envernizada. Entretanto, como diria o Telecurso 2000, vamos pensar um pouco. Você Sr. Mãos-de-calo, consegue ter um orgasmo em dois minutos? Porque deve ser o tempo máximo que uma menina de 15 anos deve mostrar suas ínfimas mamas na câmera e provavelmente são azeitonas rosadas sem o menor desenvolvimento. Não tem sentido essa babaquice, a não ser que você tenha 14 anos, ai sim, vai ser o único peito “ao vivo” que conseguirá ver em anos, além do da sua mãe, ou da sua cachorrinha, ou da sua avó (traumatizante, diga-se de passagem. Aí é melhor mesmo ver pela twitcam).

Onde quero chegar? Você participou dessa demonstração de como você está abaixo de um orangotango na escala evolucionária, não é? E provavelmente faz tudo para ser o centro das atenções. O que quero entender é o porque das pessoas quererem tanto obter status? Se é que se pode chamar isso de status, para mim é uma verdadeira vergonha. Querem simplesmente pensar que são famosas e que todos gostam delas? Não entendo essa carência súbita. Via muito isso acontecer na escola, na adolescência, mas existe um número cada vez maior de pessoas mais velhas, e supostamente mais maduras, que se encaixam nesse tipo de anomalia.

Provavelmente você já deve ter lido/visto/ouvido/sonhado/arrotado algo parecido, e isso se deve simplesmente ao fato desse fenômeno crescer e revoltar cada vez mais. Pois bem, carentes do Brasil, chega de lorota, tenho que por meu braço pra cima... Tenho alguns ossos para consertar. Leiam e comentem, quero saber o que pensam do MEU post, sobre a MINHA grafia! ESTOU DE VOLTA!... Não há muito motivo para vocês se animarem.

domingo, 29 de agosto de 2010

Flatulência emocional.

Sim, sou eu de novo postando. Como a outra parte da minha dupla-personalidade "Vitor Tardelle" quebrou o braço fazendo sexo de cabeça para-baixo com uma preguiça, eu, "Vitor Pontes", postarei por um bom tempo até que os pinos de adamantium que meu nobre companheiro (hmmmmmmmm) se recupere. Ou ameaço tirar os pinos do braço dele com um imã, caso o temporariamente maneta não volte a postar logo.

Bom, deixando os acidentes libidonosos de lado, vamos ao texto de hoje. Pretendo falar um pouco sobre a realidade paralela que todos nós criamos em torno de absolutamente tudo: política, relacionamentos, trabalho, estudos, mangás pornográficos... É um singelo fenômeno que anda amputando a percepção da realidade de muitos humanos, a idealização.

Ela está em todos os lugares, com todas as pessoas, iludindo e atraindo jovens rumo ao armário de remédios anti-depressivos da mamãe. Para deixar claro, não desprezo a idealização dos fatos da vida, só odeio ver gente que não aprende, não importando quantos socos na boca do estômago e bicudas na orelha tenham levado do mundo real. Não está entendendo nada? Pois bem, você pode ter idealizado esse post e agora a realidade mostrou o quão merda ele é. E, obviamente, o tema mais idealizado por nossas mentes fulgurosas (estava doido para usar essa palavra) é o amor. Aaaahhh o amor...

O que mais vejo enquanto passeio na blogosfera são textos de amor. Nada contra o "romantismo" cotidiano que muitos carregam em sí, assim como macacos carregam pulgas, o problema é que quase completamente todos os textos são sobre decepções, desilusões, o quanto sofreram, o tamanho da saudade que carregam, e por aí vai. Para esclarecer ainda mais, também não tenho nada contra esses textos, tenho contra a repetição excessiva deles.

Outro grande problema é que não são textos - como poderia dizer... - com uma mensagem de algo realmente inacreditável que tenha acontecido, um rompimento feroz, voraz, rroooaaarrr de um relacionamento, não! São simplesmente histórias normais, de relacionamentos comuns, que provavelmente navegavam em um mar de merda por um tempo e simplesmente acabaram. O que há de estranho nisso?? Pra que tanto ressentimento e, às vezes, até inconformismo?? Isso acontece sempre! A única vez que não acontecer, ou é porque você desistiu, ou é porque casou. E se tiver casado, ia querer que o desastre tivesse acontecido e sua liberdade estaria preservada (calma, estou brincando!).

Quando somos jovens e temos esse impacto pela primeira vez, realmente é normal querermos desabafar esse tipo de coisa. Cada um encontra a sua maneira e, nesse mundãozão virtual, os blogs se tornam mais um meio para isso. Justamente por termos a mesma experiência em relacionamentos que um amendoim, idealizamos como será mágico, lindo, Mary Poppins e etc. Agora, quando crescemos um pouco e amadurecemos, esse tipo de pensamento deve desaparecer.

Vamos enfiar em nossas cabeças: o relacionamento é uma montanha-russa, viveremos momentos de plena alegria, de frustração, de cumplicidade, de ódio, de fraternidade, de aborrecimento, de paixão enlouquecedora e de arrependimento por ter entrado nessa zona complexa e ambígua.

Resumindo, o relacionamento é uma merda, mas pode ser uma merda boa, ou uma muito ruim, daquelas meio verdes, sabe? Tudo depende de como nós lidaremos com as coisas que acontecerão. Não há nada de mágico, esqueçamos isso! É só mais uma fatia da nossa realidade escrota e incrivelmente irônica, portanto estejamos preparados para tudo, tudo mesmo, até para pegar sua mulher fazendo uma massagem prostática no seu vizinho, ou seu namorado fazendo uma massagem prostática no vizinho.

Eu fico revoltado quando vejo muitas pessoas centralizando suas vidas em torno do amor, sinceramente. Para muitos esse é o sentido da vida, se não conseguir alimentá-lo e ser correspondido sempre, nada mais importa, nada mais existe. Parem, porra! Acordem um pouquinho para essa vida curta que nós temos. Quem disse que amar e ser amado é a única coisa que existe? Quem disse que é a única coisa que importa? Quem inventou que isso está acima de tudo e de todos? Questionem um pouquinho, amem um pouco a sí mesmos antes de traçar planos e basear toda a sua vida em algo completamente fora do seu controle.

Para encerrar, não sou contra o amor, claro que não! Pode não parecer, mas eu também amo. É realmente um sentimento lindo, muito legal de se compartilhar, entretanto nada é fora dos padrões. Então, segurem a imaginaçãozinha de LSD de vocês, pois nada será um conto de fadas, nada será perfeito, nada será pleno eternamente. Amem, claro! Sejam amados (boa sorte)! Contudo, jamais achem que toda nossa existência, com inúmeras possibilidades para se saborear, resume-se em coração acelerado, mãos suando frio, insegurança e cinzeiros sendo atirados em sua direção.