quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sensatez alta, já!

Os dias passam, as estações mudam e o fim do mundo não chega. O que é uma pena, pois a cada dia que passa a humanidade corrobora a tese de que um fim para si mesma seria algo extraordinário diante das imbecilidades promulgadas por seus indivíduos com ideias formuladas em uma bolha de masturbação intelectual, masturbação física, ideais insossos, visões de mundo míopes e mongolices constantes.

Aposto que muitos, senão todos, viram um "protesto" que começou na internet intitulado "Preço justo, já!". Bom, já adianto que se você assinou a petição, ou colaborou de alguma forma com tal "projeto" quantas aspas, ou até mesmo teve o pensamento de que o movimento é digno e muito importante, não irá gostar nada do que está por vir.

Vou esclarecer logo que eu não estou dizendo que os preços são ótimos, que os tributos são excelentes, que os juros são razoáveis. Então, nada de ataques de pelanca!

É muito engraçado observar o quanto essa classe média brasileira é tão, tão, tão... estúpida. O pior de tudo é fazer parte dela e observar o sofrimento de não poder importar um perfume com quase nenhuma taxa, ou perceber que o preço do Ipad aqui é quase o dobro do preço nos EUA, ou que a louça não está lavada.

Certo, temos uma carga de impostos muito alta, até tributos sobre tributos, mas esse tipo de protesto é realmente prioritário? Os impostos são a preocupação número um para o destino do país? Por que não protestar antes por um sistema educacional qualificado e uma remuneração decente para os professores? Ou pela reestruturação do sistema de saúde? Quem sabe não deveríamos nos mobilizar para exigir uma reformulação na segurança pública?

Há uma inversão total de prioridades por aqui. Ninguém quer escolas públicas de alto nível, querem apenas dinheiro para pagar uma escola particular para seus filhotes branquinhos, limpinhos e mimados, evitando que fiquem perto daquele povão que ouve funk no ônibus sem fone de ouvido. E não venham com papinho de negar esse tipo de pensamento, pois ele passa na cabeça de milhares de pais estúpidos que se acham aristocratas.

Esse movimento felipenetesco é tão absurdo que ninguém, absolutamente ninguém que participou dessa coisa mirabolante pensou por um segundo em exigir que os impostos fossem utilizados de uma maneira melhor, ao invés de baixarem. Nenhuma pessoa dá a mínima para o que é melhor a médio e longo prazo num todo, são todas imediatistas e egoístas em seus mundinhos de mimos, Imacs, Ipods, Iquebabaquice e Luciano Huck.

Acordem para a vida! O twitter não é a fonte suprema para formação opinião. Vão olhar as necessidades, observar o mundo ao seu redor e criticar aquilo que não parece correto. Aí sim defina as prioridades verdadeiras desta nação.


"Ai meu deuso, é a orkutização desse blog!".



PS: Uma recomendação para os poucos aventureiros que acompanham o blog. Acessem o tumblr "Classe Média Sofre" e divirtam-se com esse pequeno blog genial, que foi uma ótima fonte para esse post. Muitas das frases utilizadas aqui foram extraídas do sofrimento da classe média divulgado pelo já citado tumblr.

Tá legal, eu aceito o argumento...


Mas não me altere o samba tanto assim!

Depois de alguns posts defendendo a causa gay, o blog faz aqui uma a minha crítica a mesma causa. É corretíssima a iniciativa de desde jovem uma criança saber que existem pessoas diferentes e que é, no mínimo, obrigada a respeitá-las. Sendo assim, o MEC decidiu que iria distribuir às escolas, 3 vídeos educativos, denominados “Escolas Sem Homofobia”. Resolvi assistir a esses vídeos após a presidente Dilma Rousseff decidir cancelar a distribuição dos vídeos. Vamos ser justos, o fato da preferência pela petista ao Nosferatu dos Tucanos, José Serra, não quer dizer que amemos a presidente, e sim que entre o “ruim” e o “terrível”, decidimos pelo “ruim” e que ficaremos atentos a qualquer cagada realizada pela topetuda, por isso decidimos analisar o acontecido.

No primeiro vídeo contra a homofobia, é contada a história de um menino, Leonardo, que acaba de se mudar para uma cidade nova e que deixa sua namoradinha para trás. Ao chegar à cidade faz um amigo que é gay, e após algum tempo se descobre atraído pelo primo de seu novo amigo, mas fica confuso, pois também gostava da ex-namorada e gosta de outra menina de sua nova escola. Até aí não vejo problema nenhum, porém no fim do vídeo a conclusão é que Leonardo é bissexual. Ótimo, nada demais! Até que enfim o narrador diz a vantagem em ser bi, era que a sua chance de encontrar um parceiro sexual é maior que a de um heterossexual! HÁ, nenhuma mentira, mas isso é ou não é apologia? Mostrar vantagens ou desvantagens é ou não é um modo de convencimento? O objetivo é conscientização e não convencimento.

Os segundo e terceiro vídeos, são mais tranqüilos, mostram que os gays não devem ter medo de se assumir e que buscam ser aceitos do jeito que desejam ser e não como nasceram. Nada que qualquer pessoa no mundo deveria saber e aceitar, então, são vídeos completamente inofensivos e educativos. Mas o fato é que todos os vídeos serão mostrados a crianças, não só a professores, crianças a partir de 6, 7 anos, e o primeiro vídeo parece possuir um tanto de apologia. E não é exatamente contra isso que os homossexuais lutam? Contra pais, escolas, professores, que dizem à criança que é errado ser gay? Então por que é certo mostrar as vantagens em ser bissexual ou homossexual? É claro, todos devem saber as verdades sobre tudo, mas para tudo existe sua época, afinal todos temos que concordar que não é com 6 ou 7 anos que uma criança deve saber tudo sobre relacionamentos, deve saber ser criança, nada mais.


Vamos deixar bem claro que não estou apontando certos ou errados, somente ponho na mesa uma discussão que deveria ser feita ou, no mínimo, pensada com calma. O mundo é de todos, gays, heteros, trans, bis, hermafroditas, cavalos-marinhos (bichinho estranho esse), etc. Pois bem, galerinha, comentem, façam sinal de fumaça, qualquer coisa, mas pensem e se expressem! Sempre!

Beijos.