quarta-feira, 14 de julho de 2010

Divina ignorância.


Não é nem um pouco necessário martelar e insistir em dizer o quão falhas são as religiões, todas elas! Esse post não vem dizer o que todos sabem, mas sim tentar explicar o porque das crenças serem terríveis.

Se olharmos para cada uma delas, veremos que todas tem um ponto inicial em comum: a dúvida. Dúvida do que acontece depois da morte, de fenômenos aparentemente inexplicáveis, de como chegamos até aqui e por aí vai. É incrível imaginar como muçulmanos, judeus, cristãos, espíritas, hindus, pagãos em geral, todos, absolutamente todos iniciam sua 'jornada espiritual' a partir do mesmo ponto. Entretanto, a origem ou o fim de cada uma delas é praticamente irrelevante, já que não afetam absolutamente em nada a vida de ninguém, nem mesmo de seus seguidores, o detalhe que incomoda e dirige a humanidade para um caminho perigoso é o conteúdo entre o início e o fim.

A crença religiosa é perigosa, parafraseando Bill Maher, pois "fazem com que homens que não sabem nada, achem que sabem de tudo". Resumindo, trás para o indivíduo um valor absoluto e inauterável da verdade e que ela deve ser seguida da forma como determinada religião exige.

Toda e qualquer religião é infantil, pois alimenta um pensamento que nutrimos na infância. Homens invisíveis, mágicas, felicidade eterna e plena, tudo isso faz parte do folclóre de toda criança. Só que quando somos adultos, ou quase adultos, mas alimentamos essas fantasias, há algo de errado e muito perigoso. Primeiro porque temos autonomia em nossas decisões, por mais bestas que possam ser, segundo porque somos incapazes de admitir que um valor estupidamente proliferado há milênios possa estar errado, ou seja, temos um apego fanático às tradições (não todos, mas muitos, a maioria). Somos ensinados que uma conduta é certa e a outra não, enquanto outras pessoas são ensinadas de forma oposta. Querendo ou não, mais cedo ou mais tarde, essas pessoas se encontrarão e o choque paradoxal entre os ensinamentos ocorrerá.

Por mais que uma religião "pregue" a paz, o amor, ou qualquer outro sentimento bom e autruísta, isso jamais ocorrerá, pois ela também ensina uma verdade incontestável que basta ser questionada por um minuto por alguem que leva a discórdia, profunda discórdia. Obviamente que não são todos os religiosos que sairão por aí tacando pedras e pedaços de madeira em quem não concorda com eles, óbvio que não, mas sempre existirão alguns e isso basta para o caos aparecer.

Outro aspecto mesquinho que é disseminado pelas crenças é a arrogância plena e total, mesmo que não seja manifestada. Tal característica é estúpida e degradante, faz com que os fiéis se sintam plenos de saber apenas ouvindo o que um homem fala de um livro qualquer sem nenhuma evidência palpável. Muitos renegam fatos científicos, pesquisas sérias e até mesmo se manifestem contra algum tipo de experiência que pode vir a ajudar milhões.

Se existem várias religiões, cada uma com um ou mais deuses diferentes, pregando valores diferentes e condutas diferentes, a lógica nos leva a a conclusão de que eles não sabem do que estão falando. A mesma lógica, odiada por todas as seitas ferrenhas por seguidores e pequenas ovelhas adestradas, nos leva a mais uma conclusão: não há nada a se falar, pois não há do que se falar. Simplesmente 'não há'.

2 comentários:

  1. Acho que uma das grandes diferenças entre cientistas e religiosos é a questão do SABER.
    Uns vivem para contestar, estudar, aperfeiçoar, concordar, discordar e até largar as teorias tanto de colegas quanto as suas próprias.
    Religiosos seguem algumas escrituras completamente desatualizadas, sem contestação... é porque é e ponto. Como um manual de um produto fantasia.

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  2. Ae a Vitor, muito bom o blog, adorei. Já adicionei nos meus favoritos.

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