O que aconteceu nesta quinta, 07/04/2011 no Bairro de Realengo, mais precisamente no Colégio Municipal Tasso da Silveira, ficará na história desse país. O nome Wellington Menezes de Oliveira está marcado eternamente na memória coletiva e documental brasileira. Por tudo que foi especulado, parece que ele conseguiu seu objetivo de ser eterno, mesmo que precisasse matar 11 crianças (até o momento em que escrevo, mais tarde, infelizmente, o número pode se alterar... sem piadas de ressurreição, por favor).
Presenciamos, talvez, o massacre mais macabro e chocante da história recente da América Latina. Crianças inocentes, dentro de uma escola, achando que era uma brincadeira, foram friamente executadas por um carinha qualquer que até ontem não fazíamos ideia de que existia. O que mais aterroriza e estarrece nessa história é a impotência.
Além disso tudo, o que mais causa angustia é a falta do "Porquê". Qual o motivo? Qual a razão? Qual a motivação? Na carta deixada pelo assassino em massa ele não diz nada. Apenas faz exigências - aliás, se quer exigir algo, um sequestro funciona melhor, seu retardado -, mostra traços de fanatismo religioso (típico), frases confusas, emboladas... Enfim, é o crime cru; sem uma motivação, sem uma razão clara, sem uma explicação, apenas o objetivo. Não há heróis, apenas um vilão e as vítimas. Um homem, uma arma carregada, um gatilho e as crianças vistas como um mero alvo. Algumas pessoas só querem ver o mundo pegar fogo, mas outras gostam de incendiá-lo.
Mas e a revolta, onde fica? Como uma escola pública permite um acesso tão tranquilo para alguém pelo simples fato de ter estudado lá? Onde está a segurança para aqueles que não podem se defender? Onde está o bom senso? Não tolero mais ver o Governador Sergio "Fofão" Cabral se lamentado o tempo todo: lamenta pelo morro do Bumba, lamento pelos alagamentos na cidade, lamenta pela Região Serrana, lamenta pelo sangue derramado das crianças... Lamentos daqueles que deveriam agir só mostra fragilidade, despreparo e uma falsidade com qualquer pessoa minimamente sensata. Chega de lágrimas, precisamos de suor.
E quanto a vida em si, eu só penso que ela é tão frágil, tão manipulável, tão simples de ser interrompida que às vezes, para evitar enlouquecer com os absurdos cotidianos, é melhor considerá-la um mero detalhe.
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